Igreja Católica Ortodoxa Hispânica

São Bruno

 

São Bruno, filho de família nobre de Colónia, Alemanha, nasceu em 1035. Desde a infância trazia o cunho de uma alma eleita. Era amante da oração e alimentava natural aversão a tudo o que era leviano. Fez seus estudos superiores em Reims e Paris e, ordenado sacerdote, voltou para sua cidade natal, exercendo o ministério pastoral. O Arcebispo de Reims que conhecia suas altas qualidades de inteligência e piedade convidou-o a leccionar na célebre escola de sua Catedral. Mestre de grandes méritos, durante a vida do Arcebispo, desempenhou seu magistério sem grandes dificuldades. Morrendo este, ocupou a sede episcopal um homem sem escrúpulos na administração dos bens e na disciplina eclesiástica. Bruno, homem recto e piedoso, não suportou as arbitrariedades do novo Bispo. Depois de leccionar por mais de vinte e cinco anos em Reims, já cinquentenário, o Cónego Bruno começou a amadurecer um projecto que faria dele o fundador de uma das Ordens Religiosas mais severas da Igreja. Após curtos estágios em mosteiros beneditinos, retirou-se com alguns seguidores para uma região deserta chamada Chartreuse (Cartuxa), na Diocese de Grenoble, no sul da França. Procurou o Bispo de Grenoble, expondo seu plano de vida religiosa. Este entusiasmou-se com a iniciativa e ofereceu-lhes o lugar apropriado para a solidão acompanhando-os pessoalmente para abençoar o início da fundação. Ao ser eleito Bispo de Roma, Urbano II, antigo discípulo do mestre Bruno, chamou nosso santo a Roma como seu assessor. Só a obediência ao Vigário de Cristo induziu Bruno a deixar a solidão da cartuxa para viver o rebuliço da vida romana. Pouco tempo ficou ali o amante do silêncio. Recusando terminantemente a oferta de um bispado, pediu com insistência para voltar à sua experiência de vida religiosa e, com alguns amigos de Roma, fundou no sul da Itália o mosteiro de Santa Maria de Torre, onde veio a falecer em 1101. Na iminência da morte, diante dos irmãos da Ordem, fez uma confissão pública de toda a sua vida. Renovou sua profissão de fé na Doutrina da Igreja, frisando sobretudo o dogma da Santíssima Eucaristia, contra as ideias erróneas de Berengário, e acrescentou: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica; em particular, creio que o pão e o vinho consagrados na Santa Missa são o corpo verdadeiro de Jesus Cristo e seu verdadeiro sangue”.


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