Resposta da IGREJA CATÓLICA ORTODOXA HISPÂNICA
a todas as falsas afirmações feitas contra si e seus clérigos, da parte do “arcebispo primaz”
da IGREJA APOSTÓLICA CATÓLICA ORTODOXA,
sr. Armando da Costa Monteiro


Recortes de Notícias

RN-71

Qual é a nossa fé?

05 de Março de 2008

Transcrição do texto:

«QUAL É A NOSSA FÉ?
(...)
          A SANTA IGREJA  tem os ensinamentos da sua Fé, estão fundados na Fé Católica e Ortodoxa, que estão resumidos no texto inicial e inalterável do Símbolo da Fé (chamado Credo de Nicéia), formulado no século IV pelos dois primeiros Concílios Ecuménicos de Nicéia e Constantinopla, confessando “o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Trindade Consubstancial e Indivisível”.
          Nós cremos em “um só Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador dos Céus (mundo real mas invisível e imperceptível aos nossos sentidos, mundo angélico) e da Terra (mundo visível). Esta criação deve ser compreendida no sentido mais forte e mais rico do termo, não como uma organização a partir de elementos caóticos preexistentes mas como Criação pura, do nada da vontade única da Trindade.
          Nós cremos em “um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Único de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, gerado, não criado, consubstancial ao Pai (da mesma essência que Ele, logo Deus), por quem tudo foi criado.
          Nós cremos na Encarnação do Filho de Deus (o Verbo) que por nós homens (Deus fez-se Homem para que o Homem fosse deificado) e para a nossa salvação, desceu dos Céus e encarnou pelo Espírito Santo no seio de Maria, Virgem, e se fez Homem (quer dizer que assumiu, no seu Amor, a totalidade da natureza humana, exceptuando o pecado). As duas naturezas, a divina e a humana subsistem em Cristo “sem confusão nem separação” (segundo o dogma do 4º Concílio Ecuménico de Calcedónia, no século V).
          Nós cremos na crucifixão, na morte e na ressurreição de Cristo, acontecimentos anunciados nas Sagradas Escrituras pelos Profetas e ocorridos “sob Poncio Pilatos”, momento histórico central da nossa salvação.
          Nós cremos na “subida aos Céus” do Senhor, na Sua Humanidade glorificada. Sentado à direita do Pai, fonte de tudo para todos, Ele virá dos Céus em Glória (visivelmente, Todo-Poderoso) para “julgar os vivos e os mortos” (no dia final da História do Mundo).
          Nós cremos no “Espírito Santo, Senhor e fonte de Vida, que procede do Pai e não do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho recebe a mesma adoração e a mesma glória. Foi Ele que falou pelos profetas” (por Profetas, a Igreja entende os do Antigo Testamento e igualmente os Padres da Igreja, os Santos inspirados por Deus, os Santos Concílios Ecuménicos, até aos nossos dias).
          Nós cremos na “Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica”. Desde sempre, desde os Apóstolos até hoje, a IGREJA CATÓLICA E ORTODOXA viveu sob a forma “colegial”, à imagem e semelhança da Divina Trindade, donde a existência, em perfeita sintonia de Fé, de Igrejas canônicas e administrativas independentes, mas ligadas entre si pela mais estrita observância dogmática, sem nenhum outro Chefe Supremo e Infalível senão o Senhor Jesus Cristo.
          Nós, como Igreja Católica e Ortodoxa, fiel à Tradição milenar e doutrinal evangélica, não aceitamos uma “Primazia Universal” seja que Bispo for sobre todos os outros. Só o Senhor é Cabeça da Igreja e o Único Pastor Universal.
          Nós confessamos um só Baptismo para a remissão dos pecados e espera a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir”.
          Deste fundamentos dogmáticos seguem-se algumas formas essenciais de ensinamento e piedade Ortodoxa: a Veneração da Virgem Santa Maria, toda Santa e toda Pura, obra prima da Criação, representante da humanidade transfigurada e Mãe do Filho de Deus.
          Para a Igreja Ela está acima dos Querubins e dos Serafins, pois, tendo nascido com pecado original, por sua vontade livre nunca pecou.
          A Veneração dos Santos, imagens de Deus, chegados pelos seus esforços e pela graça (vontade livre do homem aderente à vontade de Deus) à semelhança divina.
          A Veneração dos Sagrados Ícones, que nos leva, pela contemplação de uma imagem, ao objecto representado. Não se trata de uma representação imitativa, mas de uma de uma “significação”. O pintor de Ícones (imagens) não deve inventar (para respeitar a imagem significante tradicional) nem decalcar sobre outros já existentes (para respeitar a liberdade da arte e a sua diversidade).
          A veneração dos Ícones está ligada à esperança da transfiguração da natureza visível. O 2º Concílio de Nicéia (7º Santo Concílio Ecuménico) em 787, aprovou contra os Iconoclastas (destruidores de imagens) a veneração dos Sagrados Ícones que enraízam a sua existência no mistério da Encarnação, condenando toda a veneração a estátuas que imitassem a natureza visível (os rostos dos Santos) como idolatria.
SOMOS UMA IGREJA...
          Somos uma “Igreja” porque nos reunimos em – ecclesia – sob a direcção do clero, para celebrar a Santa Missa e os demais Santos Sacramentos na simplicidade da Igreja doméstica, na simplicidade e no calor humano, no amor e fraternidade de homens e de mulheres que se amam e se respeitam em Cristo, sem necessidade de basílicas e catedrais cheias de pompa e glória, onde o amor, a tolerância, a fraternidade e o respeito mutuo, dão lugar à mesquinhez, à intolerância e ao desrespeito pela intimidade e privacidade do outro, no seu direito à diferença e a viver segundo a sua condição.
Para o apóstolo Paulo a Igreja é um "corpo" do qual Cristo é a cabeça e os cristãos os membros. A palavra Igreja, vem do grego e quer dizer "assembléia do povo". Este termo foi escolhido pelos primeiros cristãos porque os romanos os consideravam uma seita e para não serem assim chamados escolheram o nome de Igreja.
A Igreja é, portanto o encontro da comunidade primitiva de cristãos que se consideravam iguais, unidos na mesma fé e no mesmo Deus. Não existiam ainda as divisões, era uma Igreja única.
SOMOS UMA IGREJA CATÓLICA...
Somos “Igreja Católica” porque professamos a fé cristã universal, considerando como seus verdadeiros irmãos em Cristo Jesus, todos os homens e mulheres que amam e respeitam a Cristo, independentemente de viverem coerentemente com a sua fé e de serem capazes de assumir ou não os valores do autêntico cristianismo na sua vida, aceitando-o como seu Deus e seu único Salvador, estando a sua doutrina base está assente nas directivas essenciais dos primeiros Sete Concílios Ecumênicos da Igreja, rejeitando qualquer ponto de doutrina que tenha sido acrescentado, mantendo-se fiel à Fé da Santa Igreja Indivisa.
SOMOS UMA IGREJA ORTODOXA...
Somos uma verdadeira e legítima Igreja, de Fé Católica - Ortodoxa, Canónica, porque seguimos os cânones da Santa Igreja Indivisa, e confessamos a mesma Fé que as Santas Igrejas Católicas e Ortodoxas. A nossa Teologia, a nossa Liturgia e os nossos Dogmas não diferem em nada dos das outras autênticas Igrejas Católicas e Ortodoxas existentes nos quatro cantos do Mundo, com o direito ás suas particularidades.
          O que dá verdadeira canonicidade às SANTAS IGREJAS CATÓLICAS E ORTODOXAS, é a aceitação dos Sete Primeiros Concílios Ecuménicos e o cumprimento dos seus cânones; a Confissão de uma mesma Fé; o Credo de Nicéia; a Comunhão dos Santos, entre eles o destaque que tem a Bem-aventurada Virgem Maria; o Sacramento da Sagrada Comunhão dado sob as duas espécies e a Sucessão Apostólica Episcopal válida e legitima.
SOMOS UMA IGREJA APOSTÓLICA E EPISCOPAL...
Somos “Igreja Apostólica e Episcopal” porque todos os Sacramentos são administrados por verdadeiros  BISPOS e Sacerdotes, validamente ordenados dentro duma autêntica Sucessão Apostólica Episcopal, sendo os mesmos Sacramentos válidos e lícitos.
SOMOS UMA IGREJA LUSO-HISPÂNICA...
Somos “Igreja Luso-Hispânica” porque nascemos em território português (ibérico), pela vontade de cristãos lusitanos em expandir a verdadeira fé cristã católica e ortodoxa, conquistando para Cristo todos aqueles que ainda o não conhecem ou dele têm uma visão deturpada.
SOMOS UMA IGREJA INDEPENDENTE...
Somos “Igreja Independente” porque
Não é difícil de compreender que o Espírito Santo sopra onde quer, age por sua própria sabedoria infinita, de maneira independente, soberanamente atuante naqueles que aceitam a vontade do Deus criador de todas as coisas. Aquele que acreditar que o Espírito Santo terminou a sua obra entre nós ou que se submeteu às decisões de alguma igreja institucional, engana-se totalmente, pois novas e muitas outras igrejas e comunidades de fé ainda surgirão até que o Senhor Omnipotente venha.
Somos um novo ramo, único na sua particularidade, dentro da Santa Igreja Universal, que respeita e honra todos os Patriarcados da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, embora não esteja submetida a qualquer autoridade patriarcal, nem tenha feito nada para estar a ela submetida, ou ter uma autorização específica de qualquer Patriarcado ou Arcebispado. Nascemos sem direitos e desprezados por tantos dos nossos irmãos, que duma forma ditatorial nos tentam desacreditar, que nos  querem “excomungar”, usando a velha arma política do tempo inquisitorial, tentando marcar o que é meramente rigorismo da lei, esquecendo que o Cristo a quem dizem servir e amar de todo o coração iniciou o seu ministério, reunindo um grupo de gente desprezível e da camada mais pobre e insignificante da sociedade, onde estavam os pescadores, os cobradores de impostos, prostitutas, homens depravados, avarentos , é necessário observar que a História Sagrada também nos diz, que foram estes homens e mulheres desprezíveis e inferiores da sociedade de então, que deixaram o tudo e o nada que tinham e não tinham, ao escutarem a Mensagem de Jesus, seguindo-o na totalidade das suas vidas, com o fardo da sua fragilidade humana tão propensa para o mal. Foram estes pobres e não os doutores da Lei e os sacerdotes do poder religioso instituído, grandes senhores do tempo de então, que o escutaram com ouvidos de sabedoria e generosidade de coração, prontos a dar a vida por Ele e pelo Evangelho, derramando o seu sangue pela salvação de muitos.
Em pleno século XXI, a sociedade traz novas possibilidades e novos desafios ao cristianismo. Existem cristãos que não foram felizes no seu primeiro matrimónio e que se separaram, voltaram a casar, procurando novamente a felicidade; existem os que usam meios contraceptivos, controlando assim a natalidade; existem os que optam por estilos de vida alternativos fora dos padrões da sociedade e das igrejas tradicionais “falsamente” conservadoras e morais; existem pais solteiros que foram obrigados a abandonar as suas famílias, em consequência dum acto mal pensado; existem adultos, jovens e velhos abandonados e discriminados pela sociedade que se diz cristã e seguidora de bons princípios morais, mas que se torna sarcástica e arrogante; existem gays e lésbicas que procuram ser reconhecidos e aceites na sua diferença, sem discriminação, condenação e castração, desejando que o seu amor seja abençoado pela Igreja, que diz colocar em prática os ensinamentos de Cristo, no amor e respeito pelo outro. Todos esses nossos irmãos buscam uma comunidade que aplique um ministério cristão com verdade e em justiça para a sua particularidade, que fomente a unidade através das diferentes expressões do amor de Deus, deixando de existir homens e mulheres que são expulsos e discriminados pelas suas igrejas, onde um ministério de amor e tolerância é inexistente, dando lugar aos rigorismos das leis e às interpretações literais em defesa dum código de moral público, que segundo a segundo é ignorado pelo pecado da hipocrisia e da mentira, em práticas escondidas que são de bradar aos céus.
Esta Santa Igreja Apostólica acolhe no seu seio todos aqueles que são rejeitados e banidos pela sociedade e pelas suas comunidades cristãs, acreditando que a graça e o amor de Cristo também podem reinar plenamente no seu coração, reinando já, se duma forma sincera aceitam Jesus Cristo como seu Salvador
.
A Igreja de Cristo é com certeza seu mais precioso e verdadeiro sacramento, sinal de salvação, porta do céu e fruto de mútuo amor entre a criatura e o Criador.
Não é verdadeiro pensar que igrejas mais antigas possuem especiais e celestes privilégios negados às suas irmãs mais novas. Talvez grupos eclesiais mais recentes estejam mais perto de Deus exatamente por serem novos, livres dos erros e crimes do passado que não é simplesmente histórico, mas sangrento e vergonhoso. São igrejas menos comprometidas com o deus criado pelos homens e mais obedientes ao Deus que criou todos nós.»

Arcebispo Primaz Katholikos

S.B. Dom ++ Paulo Jorge de Laureano – Vieira y Saragoça
(Mar Alexander I da Hispânea)


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